Novo Tempo
Quando o amor me refizer de novo
E a vontade amar tiver no clima
Liberta-me da amarra e do estorvo
E serei uma trova respirando rima
E serei uma rima respirando trova
Quando o egoísmo não tiver espaços
E já morrendo se enterrar na cova
Que foi cavada nestes longos passos
Quando outro tempo enxugar o pranto
Que deixei no outro espelho ao canto
Imune eu fico para fazer meus versos
Serei eu mesmo o dono desta estrada
Sem hora certa de partida e chegada
a refazer meus sonhos tão dispersos
(05.02.2006)
(João Alencar Sobrinho)
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