A Garganta da Serpente

João Alencar Sobrinho

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Sem Nome

Pudesse ele te dar um nome que significasse tudo
Não te daria nome nem de musa, fada ou de flores
Teu nome devia estar nos lábios do menino mudo
Porque só nele se traduz gestos simples de amores

Pudesse ele te dar um nome infinitamente lindo
Talvez não cabia na terra, mar ou firmamento
Teu nome devia estar no rosto da criança rindo
Porque nela existe a nobreza de um sentimento

Via teu nome cintilar nos campos de verbenas
Como se fosse a brisa gostosa de um amanhecer
Aconchegando-se nas folhas soltas e serenas
Fazendo lindo burburinho até o dia amanhecer

Via teu nome escrito na cabeça deste poeta louco
Que talvez pensasse em te chamar de minha amada
Sonhando viu tua beleza pura e não acordou um pouco
Morreu de amor e não deixou teu nome escrito em nada


(João Alencar Sobrinho)


voltar última atualização: 09/12/2005
6532 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente