A Garganta da Serpente

Joana Prado

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Caçada I

Por que te deslizo entre os dedos, como areia rebelde,
Me fizeste teu maior desejo e tua frustração cotidiana
Por que esmaeço em tuas memórias, retoca-me o rosto sem cessar
Porque não me faço tua súdita, revolve no teu peito masculino
A virilidade ofendida e me caças como se trucidar pretendesses...
Porque volátil me faço em teus momentos mais íntimos
Desnuda-me sem pudor, velozmente,
antes que me dissipe desavergonhadamente nua
e antes que teu dia amanheça
eu anoiteço em teus olhos e assim fujo
do teu abraço tentador!


(Joana Prado)


voltar última atualização: 01/08/2007
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