A Garganta da Serpente

João de Carrara

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Herança

Eu vi a semente da vida
Crescendo em verde esplendor
Dancei com as memórias perdidas
Misturando o veneno e o terror

Andei na terra dos mortos
Onde o vulto negro me encontrou
Pálido soprou estranhas palavras
Tristes maldições que me rogou

Fui ver o banco de madeira
Madeira morta sem nenhuma flor
Fui ver o quadro conhecido
Que tanto me trazia calma e horror

Era espelho da alma vazia
Sentimento emprestado por outro
Jornada vivida e conhecida
Por onde meu corpo jamais andou


(João de Carrara)


voltar última atualização: 13/02/2005
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