A Garganta da Serpente

João Júlio

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Em versos falo

Em versos falo
E de dois estalos,
Me faço três
E então vários.

Me separo das coisas
Estando nelas.
E sendo eu muitos,
Sou ninguém.

Não tenho nome
Sou infante menino
Sonho e dor
Esperando a eternidade
No escuro do abandono.

Eu sempre falo em versos
Versos, falas e fatos
Perdidos no tempo-espaço
Além de mim e você.

Eu sou você ontem, hoje e amanhã.


(João Júlio)


voltar última atualização: 19/01/2009
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