A Garganta da Serpente

Jocimar Álvares Bueno

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PARA CHRISTIANE O

Este procurar em algo, em alguém,
Traze-o dentro de ti.
Acredite. Já o tem.

Que memória alguma se apaga,
Passe o tempo que passar
E o nome que irão te chamar.

Acontece que a ti não parece,
Mas vagas em plagas que não são tuas...
Vão e voltam como as luas.

As sensibilidades que transportas
- e que às vezes não suportas -
Inventam esquecimentos,
Fingem que estão mortas,
Para tentares outros caminhos,
Que parecem descaminhos,
Mas, em verdade,
São apenas longas estradas
Para descobrirdes, outra vez, os carinhos,
De antigas jornadas,
Que já vivestes, já tivestes
Porisso de ausências hoje te vestes,
No entanto, por encanto ou desencanto,
Por sensibilizardes,
Como o são os passarinhos,
Principalmente nas tardes,
Migras em busca de sol,
Para outros antigos ninhos,
Assim como voas em busca do farol,
Que sempre te aqueceu, aquecerá e aquece
Que muito te iluminou, iluminará e ilumina
Pois, permanece em teu mais íntimo interior,
A labareda-luz que jamais se perde ou termina:
O AMOR.


(Jocimar Álvares Bueno)


voltar última atualização: 10/05/2007
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