A Garganta da Serpente
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VERSOS FELIZES

Nas minhas noites de escuridão,
não deixo que a alma me oprima,
e na boca fica-me a sensação,
de uma refinada auto-estima.

Mesmo em desalinho comigo,
com os céus em contradição,
busco, por pensar, um amigo,
que encha de ternura meu coração.

No quarto obscuro me passeio,
entre cerâmicas e poemas,
e pelos caminhos dos livros que leio,
encontro formosos fonemas.

E sou feliz, mesmo estando triste,
por casualidades da vida,
e ergo o meu punho em riste,
parecendo que estou de partida.

Jogo meu peito de encontro à porta,
me estímulo entre versos,
e quando vem de lá a dita retorta,
expulso de pronto os meus inversos.

Sou inteiro e a verdade anda comigo,
em cada poema a amizade,
que descrevo, dos amigos, para consigo,
que de gestos, trazem-me felicidade.

Assim a minha musa encantadora,
que me presenteia com seu amor,
e no alto céu o sol doura,
com a poesia aqui a não contrapor.

Desta vida, que desceu até mim,
me fiz poeta e amante,
cada vez, amor, que me lembro de ti,
tudo pulsa, como se uma bola saltitante.

E meu ser extremamente contente,
adormece sem contradições,
sonho sonhos, que são de toda a gente,
pois sou eu que guardo suas ilusões.

(08/07/11)

(Jorge Humberto)


voltar última atualização: 16/05/2017
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