A Garganta da Serpente
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DE MEUS DIAS FELIZES

Precedem os dias, dos meus dias felizes,
uns aos outros existem sem cicatrizes…
e meu ser apaixonado e determinado dá-se à beleza,
com que este mundo se fez, instruindo a natureza.

Nos campos, de minha imensa ternura,
florescem as flores e a tenra verdura…
e os animais, vários, no rio matam a sedenta sede,
entre nuvens que se enlaçam, como se de uma rede.

Árvores gigantescas, bêbadas de céu, crescem,
nos meus olhos avindos, e as sombras fenecem…
são flores e plantas, a aligeirar a paisagem,
que a meu ser cuidadoso, pedem a devida passagem.
Embrenhado nesta caminhada, nem sinto da manhã o frio,
corre harmoniosamente, um caudaloso rio…
e eu vou buscar às águas, a estremecer,
as cores libidinosas, que às águas dão embelecer.

E um sibilo, se faz ouvir, dos pássaros as canções,
tecendo lindas sinfonias, chamando a si as atenções…
que pela resposta das fêmeas enamoradas,
num canto alegre e chamativo, anseiam ser encontradas.

A tudo escuto, deleitando-me de pequenas delicias,
assumindo a natureza, como quando de suas primícias…
e caminhando caminhos de outrora,
vejo-me e revejo-me, harmonizado no aqui e agora.

(06/07/11)

(Jorge Humberto)


voltar última atualização: 16/05/2017
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