A Garganta da Serpente

José Afonso

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Noite Chuvosa

OH NOITE fria e horrenda,
Qual abismo de treva sem igual,
Minha alma entrego em oferenda
A Tua profana paz eternal!

Miríades de frias lágrimas ecoam,
Sincrônicas lamúrias singulares
Lançadas por nuvens que os céus povoam
Pálidas, eclipsando os brilhos estelares.

Deixais uma húmile lágrima minha
A teus pingos taciturnos se juntar,
Pois derramo-a co'a mesma calma estranha
Com que teus pingos estão a reboar.

(23-02-08)


(José Afonso de Paula Retto)


voltar última atualização: 19/01/2009
9989 visitas desde 19/07/2007

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente