Morte Esperada
Às vezes penso, distraído,
Por que a vida tanto complicamos.
Esquecemos das coisas que amamos
Nos ocupando do que é vão, sem sentido.
Só quando já tivermos desistido
De alcançarmos o que tanto almejamos
Perceberemos que o que muito procuramos
Não vale a pena o que por nós foi perdido.
Perdemos o tempo que não volta,
A juventude debalde abandonada,
Sem saber que nos faria tanta falta
O que tínhamos e que não custava nada.
E agora, quando a vida se revolta,
Resta-nos apenas a morte esperada.
(26/11/2007 - 02:25)
(José Afonso)
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