A Garganta da Serpente

José-Augusto de Carvalho

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Ah, Poesia!

Ah, Poesia, eu não consigo ser
poeta neutro em Torre de Marfim!
Se foi o que quiseste ter de mim,
prefiro te perder a me perder...
Talvez poeta seja, mas, primeiro,
sou homem por direito e condição.
Um homem que tem norte e tem timão
não pode ter grilhões nem carcereiro.
Eu canto as asas livres deste Céu!
Eu choro a flor que o tempo emurcheceu!
Eu luto contra todas as algemas!
Por transgredir aceito ser teu réu
e, por defesa, alego que meu eu
aqui te enfrenta com ou sem poemas!

(23 de Março de 2006. Viana do Alentejo, Évora, Portugal)

(José-Augusto de Carvalho)


voltar última atualização: 08/04/2008
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