A Garganta da Serpente

José Heber de Souza Aguiar

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Lágrimas do que se foi

Expulso de meu riso
Longe de meu corpo
Fora do círculo
Condenado ao Morfo.

Pólo oposto do ímã
Longe de tudo, um nada
Boca sem voz, voz sem vez
Alma estupidamente calada.

Bem-te-vi com bico, sem asas
Águia com asas, sem bico
Menino pobre sem pernas, palavras
De sonho infinitamente rico.

Poço de tristeza, fonte de lágrimas
Corpo místico do desencanto
Rios de desespero, de incerteza fria...
Rosto pálido de espanto!


(José Heber de Souza Aguiar)


voltar última atualização: 05/11/07
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