ROSA MÍSTICA
Além do sino de bronze, navego
os enlevos internos do poeta,
viajo entre jardins de algarobeiras
e de mandacarus, buscando a Rosa
Mística. Codifico meus silêncios,
aparição de vozes e de luzes,
como paixões centrípetas e avulsas
que arremessam suas bocas à vida
Porém, ao longo surgem as tormentas.
E a voz segura do poeta rompe
a cera dos ouvidos, leva o mel
ou a pimenta às vísceras abertas
do sentimento. E vejo a Rosa Mística:
origem, infinita criação
(José Inácio Vieira de Melo)
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