A Garganta da Serpente

José Luongo da Silveira

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A TARDE VESTE VERDE

Não precisas querer nada,
ela te diz o que deve ser visto,
tinge o horizonte de esperança
e ri com a tua surpresa,
mas depois disfarça
como se ficasse envergonhada.

A tarde é ainda donzela,
vive encontrando cores
como se as semeasse
por cima dos montes,
dos vales em profusão
e recolhendo-as,
voltasse a pintar
com tons mais suaves,
formas delicadas que a noite recolhe.

Amo a tarde que se faz menina
para ser admirada
e brinca com meu coração enamorado,
enamorando-o.
Bebo em suas mãos
o brilho suave do seu olhar.

A tarde veste verde.


(José Luongo da Silveira)


voltar última atualização: 06/02/2007
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