UM LOUCO
Um louco equilibrado,
Dentro de um raio parado,
Reduzia a supremacia,
Com uma força que sumia.
Esse louco desvairado,
Sem traço e sem trocado
Desfilava sua vida,
Em frente a uma comitiva,
Sem caminho e sem perdão.
Ah! São coisas do coração!
Pois que espalham sem razão,
As migalhas infelizes,
Pra sarar as cicatrizes,
Por um caminho à contramão.
Ah! Esses loucos varridos,
Que ressonam entupidos,
Como se fossem mendigos,
Zumbis revividos.
Não! Não são apenas loucos, mendigos
São pessoas presentes,
Em nenhum lugar ausentes,
Porém, sempre carentes.
De algo... Não sei explicar!...
(Juciane Cristina dos Santos)
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