A Garganta da Serpente

Julia Pastore

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Setembro

(poema premiado com a publicação na coletânea Quintanares de Quintana,
no concurso realizado pela Faculdade de Letras da UFRJ - 2006)

É que objetos o são
apenas.
A pena, o papel,
o pião.
Os giros são outros quinhentos.

A moça na quitanda reclama o preço do leite.
E basta.
Assim sendo,
por mais que movimento,
repouso.

Um avião risca o céu anos depois. No calendário, se risca mais um onze. O clima nunca respeita a estação. Sobe o preço do pão. Tudo sob controle.


(Julia Pastore)


voltar última atualização: 22/03/2010
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