A Garganta da Serpente

Jurema Barreto de Souza

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Lago

Quando tua libélula forma
esvoaça sobre meu corpo
um lago vítreo rebenta
em círculos argênteos.
As margens se fazem distantes
e flutuo vitória-régia
na superfície do desejo maduro.
A vida, surpresa aquática,
me arrasta em cheiros
nas ondas negras dos teus cabelos.
Enfim, sem as amarras da razão,
aprendo a nadar
nas profundezas do teu riso
como uma estrela-do-mar.


(Jurema Barreto de Souza)


voltar última atualização: 18/11/2009
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