Minha Amada Poesia
Peço-lhe desculpas, linda poesia,
perdoe-me por esta minha traição.
Andei de mãos dadas com a vida
e entrei de cara em uma ilusão.
Mas não foi culpa minha, poesia;
a culpa foi toda da imaginação,
pois quando saiu da fantasia
decepcionou o pobre coração.
Aceita-me de volta, amiga poesia;
juro que não mais a abandonarei,
porque, fora da real emoção,
decepções amorosas eu não terei.
Fora do teu mundo, não controlo;
sou presa fácil para a paixão,
mas no teu reino me consolo,
sou criador de uma situação.
Pena que não viva do teu pão,
nem me dá prazer o teu corpo.
Somente a pele da morena
para de desejo me deixar torpo.
Vem, morena, para os meus braços.
Quero beijar os seus lindos lábios.
Vem para o meu peito que tem espaço,
O leito da amante de versos sábios:
-Te amo, te amo...
(Karl Italus)
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