PRISMA
Já atravessei muitos desafios,
Mas nenhum deles fez-me muito diferente do que sou,
Só um pouco mais humilde, talvez.
Eu, como uma planta ornamental, a Murta,
Entregue às paixões de olhos atentos em mim.
E sempre foi assim, desde a minha primeira infância,
Quando Deus fazia com que o tempo andasse mais calmo e simples.
E hoje aqui estou, criança sem trança,
Sem compreender a distância entre o amor e o ódio.
Como Hefesto e Afrodite, a disparidade habita em mim.
Não me sinto no direito de demarcar o meu destino,
Mas ornamentar tua face com minhas mãos eu posso,
Até que a poeira abaixe e eu aprenda a amar melhor.
(Kika)
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