A Garganta da Serpente

Kilandra Acalabi Duaquenõ

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SANTONIM

"Sete velas brancas
Sete saias de filó
Sete imagens virgens
Sete dias para casar
Sete esperanças"

Acenda velas de querer
Mas não as vigie queimar.
Abra um vidro de sonho
Um vidro de cheiro
Molhe os tímidos dedos
E benza o colo com desejos.
Solte suas borboletas no quintal
E ponha a roupa mais bonita.
Vista-se de ver Deus
Ponha intenções de beijos
Na sua boca e saia louca
Livre para chorar e amar.
Lave em benzedeira
Seus panos e patuás.
Cubras-se de bênçãos
Nos altares dos seus santos
E o maravilhoso do seu sorriso
Oferte ao divino.
Case seu coração
Com o estado amor.
Não concorde seus beijos
Com tempos que durem
Mais do que graças Antoninas
Menos que fogueiras de brasas leves.
Mesmo que não apareça
No dia treze na bananeira
A inicial do seu amado
Ande com passos leves
E de repente numa esquina
Lábios e lábios se encontrarão.


(Kilandra Acalabi Duaquenõ)


voltar última atualização: 09/07/2004
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