A Garganta da Serpente

Lhenrique Mignone

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A mar

Por muitas vezes diante de ti eu me detenho extasiado,
como defronte ao corpo da mulher amada adormecida,
em decúbito, com seus cabelos em ondas espraiados,
areias alvas que refulgem em meu leito, praia da vida.

Sob a aparência de ambas superfícies, em ondas calmas,
doce enlevo, eriçadas pelos ventos da vida constantes,
escondem-se tesouros infindos, essências de tuas almas,
em cuja busca mergulho, de minha vida a cada instante.

E se em teu ventre me lanço, infante, cada vez mais fundo,
tu me acolhes e me envolves em teu manto amniomântico
despertando tempestades incontidas nos seguintes segundos.

Paz infinda que encontro no depois, colo que não canso de buscar,
repouso do guerreiro, musa inspiradora para poemas românticos,
mar... és amor... és mulher... la mér... amar... és A MAR.


(Lhenrique Mignone)


voltar última atualização: 17/08/2009
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