A Garganta da Serpente

Liv´s From Lórien

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

DIA SECO

Dia seco.
Manhã seca.
Sol queimando.
Pelas ruas ardentes os carros passam,
correndo, desviando,
xingando, atropelando,
Querendo!

Manhã ensolarada,
cansada, suada,
encarquilhada, iluminada!
Seca.

Dia seco.
Manhã tórrida.
Sol ardendo.
Pelos paralelepípedos escaldantes as pessoas passam,
andando, correndo,
Suando, ardendo,
Querendo!

Manhã clara do brilho do sol,
dos reflexos nos vidros dos carros e
nas pedras velhas do calçamento.
Pedras quentes de outra época,
De outras manhãs...
Também secas?

Dia seco.
Manhã ressecada pelo sol de muitos anos,
anos de luta e glória,
fortunas e fracassos,
experiência e cansaço,
descanso e esperança...

Dia seco.
Manhã de fogo-fátuo bruxuleante
pelas casas antigas que ainda mantém-se,
pelos resquícios dos velhos tijolos nas novas construções,
pelos velhos cimentos, que, unindo tijolos, abrigaram
vidas que já se foram.
Pedra e massa que agora presenciam dias secos, manhãs ardentes,
dias ressequidos, manhãs carentes.

Dia úmido
Manhã fresca,
um dia....

(Out.2006)


(Liv´s From Lórien)


voltar última atualização: 11/12/2007
4053 visitas desde 11/12/2007

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente