Diagnóstico
Sofro quando amo.
Sofro quando não amo.
Sofro pelo simples ato
de pensar o que seja o amor.
Sofro o passado morto.
Sofro o presente insípido.
Sofro o futuro incerto
e a agonia de sentir o tempo.
Sofro gastrite crônica
e detesto tomar remédios.
Sofro desgaste de ser
alguém que ama
e desama,
alguém que pensa
e reclama,
alguém que passa,
como tudo,
mas recusa-se a morrer!
(Luciana Amâncio)
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