A Garganta da Serpente

Luciana Amâncio

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Descuido

Traduzia o tempo em pressa
para matar a fome
e saciar a sede,
para revelar-se inteiro
e já não fingir a ausência
do amor estampado no rosto
diante do espelho.

Chegada a hora de esgotar
os argumentos todos
dos ponteiros do relógio
para sentir-se, enfim, liberto,
solto, todo o desejo.

Agora, o sonho danou-se no Mundo,
matou aula
e foi ver o mar...
exilou-se na rua. Fez-se boêmio:
embriagou-se
cantou
fez poesia
olhou a lua...e julgou-a bem vadia,mas deixou-se enamorar.


(Luciana Amâncio)


voltar última atualização: 21/07/2010
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