A Garganta da Serpente

Luciana Frayha Righi

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Duas sombras

Oh! Esses sons soturnos...
Sons inebriantes
Transferem toda a inação de sentimentos
Eloqüentes, incessantes...

Quando as harmonias dos sons turbam,
ânsias, pelo silêncio noturno pulsam...
Mas que fluxo vital é esse? Contra o espírito sereno que quer ficar
A favor do silêncio doce que quer partir...

Tempos remotos
Lembranças sutis
Sons ignotos...
Do feitiço cabal, o prazer indelével de um êxtase imortal.

O olhar único
leva a alma...
Plena de pecado dolente...
E se abisma no mistério.

É o que se tem...
O sangue percorrendo o corpo,
com um espírito tantas vezes ausente.
O grito cortante que se perde no vácuo dos sonhos...

A mais pérfida serpente
Rouba todo o poder febril e pulsante
De um par que aos poucos se esvai...
Por entre a noite iludente.


(Luciana Frayha Righi)


voltar última atualização: 07/07/2009
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