A Garganta da Serpente

Luiz Eduardo

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MODERNIDADE

Um amontoado de besteiras
Encontra-se em minha cristaleira
A dar a impressão que não me renovei
Nem me preparei para viver
Esses novos anos de vida,
Que não modificou nenhum homem por dentro, também.

Eu continuo com terno de linho branco
Vez ou outra de óculos escuros
Freqüentando engraxates
Pasmo, pela maravilhosa evolução
Que vou adentrando pelas ruas da cidade -
De um lado vejo bares
De outro boates
Mais adiante avisto impressionado
Meninas que vendem beijos e abraços.
Tudo que não via quando o amontoado de besteiras
De minha cristaleira eram cálices
Que brindavam alegrias
Que só a vida nos dava.


(Luiz Eduardo Oliveira)


voltar última atualização: 17/06/2010
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