SEU NOME, MOLEQUE !
No meio da rua,
acuado,
sem saída
(já que não teve entrada),
a não ser entregar
a correntinha à moça,
loira, bem vestida,
que num lance
calculado
com ousadia,
ele havia surrupiado.
Entregou a corrente
E entregou-se também,
À sanha do povo
E da polícia.
Que o levou prá delegacia
Onde o Doutor delegado
Começou de início,
Por lhe perguntar
Que nome ele tinha
E de onde ele vinha.
A primeira/última
Por ser única resposta,
Que era a que sabia
Dizer, naqueles termos
Jurídicos de lei.
( tanto faz ...
a lei é dos homens
e os homens da lei).
Disse o pequeno
Assustado, quase a chorar
- " Jesus Nazareno,
- da Febem..."
(30, dez, 1987)
(Luiz A. Bonini)
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