Ecos de silêncios
Um homem descia a galope a estrada íngreme
Deixava rastros como à chuva quando desce a serra
Levava com ele uma criança nos braços
Não era desespero; mas ali havia sofrimento
Homem e criança cantavam um som de silêncio
Em coro, ecos na multidão entoavam um cântico
O barulho que se ouvia era de um coração, este sim, desesperado
Não havia mais oxigênio o tempo esgotara
Ódio e agonia começavam a definhar o homem.
Agora pairava na multidão um pedido de justiça
E um longo retorno para casa.
(Luiz D Sales)
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