A Garganta da Serpente

Macabeu Samsa

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Transa

A vida ganha um cheiro de luz
que artefaz tua langue silhueta
teu desenho brumado nas entranhas
quando lobo te preciso nua
e nua vertes tua música infinita
nos meu braços de silêncio,
em meus ouvidos.

Música que aprendestes
-atenta tua pele ao murmúrio das corolas inprevistas-
repousando teus sentidos sobre os grânulos
da película sensível dos poentes
quando morrias toda estrela enternecida
e desaparecias
sob a fuga de todos os pontos.

Na criptografia de nos alcançarmos,
inscrita em cada um
a pele,
a noite,
o tato,
hiperestexiados no impossível toque
nos esvaziamos de planetas esquecidos
e desertos nos abandonamos:
- bicho onírico
cujas cicatrizes se desejam entre si -

(Macabeu Samsa)


voltar última atualização: 17/08/2009
9835 visitas desde 01/12/2008
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente