A Garganta da Serpente

Machado de Carlos

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Ninfa

Vivi na tua pureza de ilusão,
beijei os teus pés de sal...teu corpo...o mar...
Silenciou-se uma dura solidão,
enfim vi a lucidez daquele mar!...

Bravio, fui o corsário do teu mar,
segui a baila do leme, sem noção
caí morto na maré do alto do mar;
e o vento levou a nota da canção.

Uma gota sem nexo levou o ser,
a rosa feneceu ao anoitecer;
e o pássaro esqueceu o nobre cantar...

A nau segue o seu rumo à eternidade,
um dia (quiçá), encontrará a claridade;
será a mariposa feliz a voar!...


(Machado de Carlos)


voltar última atualização: 19/05/2006
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