poliedro
Ao meio dia, a praia queima,
o mar verdeja, a sombra rubra,
o sol golpeia as ondas e
as águas, líquidas fagulhas,
virando onda, e, de repente,
como se a areia crepitasse,
feito de um vidro incandescente,
espalhasse o brilho, estilhaços;
E ao mar, a língua de fogo
do vento laranja subindo,
trouxesse o ímpeto dos fortes
e a aparência dos guerreiros,
e como um elmo prateado,
o cintilar sobre o cardume,
e a vivacidade das cores,
compondo um quadro impressionista.
E a praia, como um espelho,
um poliedro envidraçado,
a batalha de rubro e prata,
e o enorme incêndio nas águas,
como
reflexos de tinta.
(Maiara Gouveia)
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