Diagnóstico: Normal
Arrancar as cortinas, quebrar as janelas...
Rasgar os retratos, estraçalhar os lençóis...
Esquecer o passado, pôr fim em tudo,
Inclusive em mim.
Quanta dor e lágrima, quanto claustro!
Quanto vazio e quanta tristeza...
O que sinto... Solidão, desespero,
À morte espero como um feto à vida...
A agonia corta-me a garganta...
Eu grito... Mas ninguém me ouve...
Eu choro... E ninguém me vê...
Eu morro... E ninguém percebe.
"Doutor, qual é o diagnóstico?"
"É normal, não vejo nada de errado, vês?"
E o mundo segue, pisoteando e tropeçando,
Na pequena menina vestida de preto...
(07/11/2004)
(Maldita)
|