Demônios
Demônios me arrastam para chão.
Arrancando meu coração.
Deixando-me na escuridão
Destruindo minha ilusão
Eles me perseguem me adoecem.
Devassam-me, me entristecem.
Culpam-me, me obedecem.
Julgam-me e me servem
Espectros da escuridão
Dizes-me que motivo então
Para o meu arrebatamento
Se não tenho arrependimento.
Desfiguram minha carne
Da pele me restam-me saudades
Eles avançam sobre mim frenéticos
Sinto seus hálitos fétidos de enxofre
Bebem meu sangue, como uma amante.
Louca de desejo, implorando por um beijo.
Um pensamento diabólico, caótico, ilógico.
Invade minha mente e não me deixa dormir.
Não me deixar fugir desse pesadelo sem fim.
Meu deus!Os demônios estão em mim.
(Manoel Vicente da S. Neto)
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