A Garganta da Serpente

Marcel Franco

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Observador

Eu passo espelhos, não me vês
Sou tipo sombra, fogo-fátuo
Passo em silêncio, observando
Até a minúscula migração
Do teu passeio por outros mundos

Eu sou dos olhos que não acusam,
Sou dos olhos que não defendem
Ando apenas observando,
Como quem estuda o sagrado
E o profano por onde te deixas

Eu sou os olhos de muito tempo
Ninguém vê meu trânsito
Eu sou dos olhos de virar a lua
Sou do olhar que passa
E apenas finge esquecimento


(Marcel Franco)


voltar última atualização: 19/04/2017
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