A Garganta da Serpente

Marcelo Di Barros

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Lúgubre Fêmea

Tu és Eva.
Tu és a Serpente sorrateira.
Tua dança carnal arranca-me o pecado.
Teu olhar fatal, seduz, rouba a lucidez.

Tu, Eva. Arrancaste de mim o coração.
Tu, Serpente. Arrancaste de mim o pudor.

Tu, Lúgubre Fêmea.
Lúbrica. Efêmera.
Acorrentaste minhas mãos em tua carne.
Aprisionaste teu olhar em minha mente.
Levaste minha alma.

06 de maio de 2002 - (Poema do livro "O Noturno")


(Marcelo Di Barros)


voltar última atualização: 08/10/2002
6269 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente