Lúgubre Fêmea
Tu és Eva.
Tu és a Serpente sorrateira.
Tua dança carnal arranca-me o pecado.
Teu olhar fatal, seduz, rouba a lucidez.
Tu, Eva. Arrancaste de mim o coração.
Tu, Serpente. Arrancaste de mim o pudor.
Tu, Lúgubre Fêmea.
Lúbrica. Efêmera.
Acorrentaste minhas mãos em tua carne.
Aprisionaste teu olhar em minha mente.
Levaste minha alma.
06 de maio de 2002 - (Poema do livro "O Noturno")
(Marcelo Di Barros)
|