A Garganta da Serpente

Marcelo Pierotti

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Demiourgos

São todas tuas,
tantas quanto as que vagam pelas ruas.
São todas bocas
e todas vulvas,
são todas feias e santas,
todas aladas e nuas.
São todas corpos e sonhos,
dormentes em tua mão,
todas vivas e tuas,
todas carne, vento e alma
no tremor de tua mão.


(Marcelo Pierotti)


voltar última atualização: 05/11/2004
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