A Garganta da Serpente

Marcelo Portuaria

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Tristeza mascarada

Não posso na alcova me calar
Com o vitupério de poeta fingido
Quando vejo a dor do povo sofrido
Meus receios tento revelar

Nessa voz que navega tristemente
Entre as vagas a bruma fustigada
Meu suspiro na noite mascarada
De revolta e morte indiferente

Derrubo os arbítrios de um governo
Antes que me acabe o inverno
Restabeleço a democrata moral

Meu pecado de inveja é capital
Feita a ira de ordem natural
E o descaso brutal tão hodierno


(Marcelo Portuaria)


voltar última atualização: 07/08/2007
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