A Garganta da Serpente

Marcio F. Monteiro

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Plantar a semente

Nos campos devastados pelas pragas
Os lavradores, em prece, erguem os olhos ao céu,
As mãos calejadas de lutas
Revolvem a terra, fonte de esperança.
Promessas de alimento abundante outrora,
Hoje possibilidades de sobrevivência...
A pedra no arado, o menor dos problemas,
Aqui na batalha campal.
O verde é fartura, trabalho, vida, futuro...
Ao menor sinal de sua ausência
Todo e qualquer esforço perde o sentido
A perseverança costumeira cai na descrença.
Enfim os céus derramam suas bênçãos
Em forma líquida sobre a lavoura
Formando então uma só torrente
Com as lágrimas humildes do lavrador
Serenas, sentidas, sagradas...

(Marcio F. Monteiro)


voltar última atualização: 11/02/2009
6420 visitas desde 11/02/2009
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente