A Garganta da Serpente

Marco Túlio Oliveria Reis

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Eis o homem

Um fardo de quimera
Um monte de estrume
Um pote de querências
Um sol de estalar mamona
E o homem segue
Caminha para o outro lado
O lado de fora do outro lado de lá

Um tanto de nada
Recalque esquisito
Um pouco de sorte
Um monte de lixo
E o homem se move
Balança o esqueleto e faz trilho
Já nem sabe o lado que venceu

Um morto de fome
Um outro que nem vem
Um pouco que come
O tanto de alguém
E o homem já grita
Em fúria infinita
Entendendo por fim, a razão que perdeu


(Marco Túlio Oliveria Reis)


voltar última atualização: 10/01/2006
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