A Garganta da Serpente
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Marco Antônio

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SONHOS URBANOS

Estou como que sonhando, tão verdejante à minha pele o teu amor.
Tão claro aos meus olhos a tua imagem...
Vislumbro paisagens e mais coisas que em mim mesmo não são
Estranhas, mas são minhas, são íntimas... De uma forma particular, Excêntricas e nascida.
Estou como que voando... E voar se inunda do teu cheiro.
O orvalho já se esvaece sob meus pés e tua calma não me ignora, Mas me aceita como substrato.
Ouço a lira de um apolo: estou como que amando...
A poesia épica de uma cidade urbana percorre meus ouvidos,
Mas a nitidez só se evidencia em você, como viagens naturais
Que só encontro em seus olhos.
Vejo arlequins dançando com uma graça flébil...
Praças de jardins desbotados esperando tua presença...
Assusto-me com sorrisos abortados e os gestos amputados
De uma cidade urbana.
Mas quando me exponho à tua presença, foge à minha vista as
Doenças impotentes em clarões de sossego,
Eu abro a boca para exalar um sorriso de felicidade incorruptível.
Eu me resvalo sobre a tua aurora, amanheço em teu corpo e
Minha pele verte luz através dos meus poros...

Colho em você sementes de um novo dia, onde irei sentir um vento
Mais brando e, quando não longe de casa, estarei cada dia mais
Inserido em teu ser, ouvindo a lira de um apolo, com poesias épicas,
Longe de qualquer cidade urbana...

(13-14/10/93)


(Marco Antônio)


voltar última atualização: 20/08/2001
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