A Garganta da Serpente
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Marco Antônio

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Fulano que Vibrou e que Morreu...

Vibravam mãos, corpo e pensamento...

Momento lento, cúmplice de sua proposital razão, que fazia vibrar,
Estremecer pernas, cabeça, e pensamento

Existe na vida um momento, um alguém, uma loucura, pelo menos uma vez, que faça estremecer,
Gemer peito, olhos e alma

A natureza de quem nunca desmentiu,
Fiel à razão,
Uma verdade com olhos e bocas,
Com uma violência humana,
Um fulano que morreu de velho, de dor, de solidão

Fatos da vida, cotidiano irremediável, vida que prossegue numa linha férrea,
Abandonada a seguir, destinadamente sempre, que não pára pra sorrir, nem chorar...

Todas as mãos e pernas vibrando, cabeça e pensamento estremecendo
Um peito sem coração, sem criança, ou com tudo isso, mas gemendo... com olhos que choram de risos e de dor.

Tudo por uma composição de tudo,
Pelo momentos, paixões... pela violência, meu Deus!

A natureza que nunca ludibria, ou pelo menos não foi a intenção...

Fulano vibrou, estremeceu, gemeu... sentimentos doados, momentos de sempre numa vida de fogo e de febre.

A natureza que nunca disfarçou... e fulano que morreu de amor pela vida na estação derradeira do seu trem imortal.

(22/05/96)


(Marco Antônio)


voltar última atualização: 20/08/2001
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