A Garganta da Serpente

Marco Antônio de Araújo Bueno

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Aquele cuja fome espera
A fome que estará saciada
No outro, enquanto este, quimera,
Padece de fome engaiolada...

E, se o que sacia a fome está, sempre
Apenas onde nós a pomos,
Pra que enraizar felina fome
Entre patas caninas e alpiste sem nome!?

E se, então, surgir a liberdade
Que desmoronasse a espera em cadeia
E desencadeasse uma fome dual ?!

Libertos estariam, um para o outro,
E, ambos, para a saciedade
Ou para uma liberdade de esfomear-se da falta...


(Marco Antônio de Araújo Bueno)


voltar última atualização: 10/05/2007
5333 visitas desde 15/08/2006

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente