A Garganta da Serpente

Marco Aqueiva

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Da poética do verde amarelo

Tão logo os macacos chegam gagos
qualquer papagaio de crista verde
e azuis penas, cheio do marginado
limo - o muro de arrimo que o prende
não torna a declamar direito
com mesmo prazer do azul quimérico
se o beco esvaziado do verde
for higienicamente amarelo

não apreende o irreverente belo
se mal for do paredão além

fizer da conveniência estridência


(Marco Aqueiva)


voltar última atualização: 25/11/2008
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