A Garganta da Serpente

Marcos Freitas

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FRUGAL POEMA

transido destino no afunilado amanhecer de sábado
meus olhos vestem o doce mel da brisa costeira
colgando de suavidade
a ofegante coruscação
de meu coração
e senão maltrapilhos

a manhã é malina
pífia é a minha relutância
em sobreviver com a pureza da terra e do fogo
que me é apresentada

vívido vociferar de vorazes vagas
erode minha poesia auroral:
idílica cicatriz, frugal poema

(Do Livro: Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol.4, CbjE, Rio de Janeiro, 2003 e Panorama Literário Brasileiro 2004/2005: As 100 Melhores Poesias de 2004, , CbjE, Rio de Janeiro, 2004.)


(Marcos Freitas)


voltar última atualização: 13/02/2005
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