Quando a recordação deixa o ontem
para fixar-se no fundo dos baús antigos,
espanando a poeira das amarguras
revivendo alegres momentos da infância
É a velhice que chega, o cansaço, a desilusão,
da vida vivida, sofrida, perdida,
que embranquece os cabelos e entontece a alma.
O amanhã já não existe; somente o ontem,
o antigamente, as páginas amarelecidas, as velhas
fotografias, espelho fiel do que fomos
antítese do que hoje somos.
(Marcos Octaviano da Silva Lobato)
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