Colhendo Palavras
Diáfana, por traz da vidraça
A luz da manhã banha a hortência azul
Cria miragens na fumaça
Liberto-me das mordaças
As dores vãs se formam em cachos
O sal das lágrimas, os meus olhos assam
O vento forte açoita o violão, sem dor
Don.!.don!..don?
Donde estás, por andas?
O meu amor?
Brisa mágica acaricia as cordas, don...don!
Sinta o meu tato como prova de meu ardor!
O som reverbera ....na parede e expande
Denuncia a sua ausência, neste instante
É noite,
Novo som!
Novo açoite!
Humor e alegria na boite
Que a seriedade vá as favas
Varo a madrugada
Ausências, são muitas
Eu pouco, colhendo palavras.
(Brasília, 1997)
(Mar Di Caprio)
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