ÓSCULO
a este mote
Cresce em mim
a luz de uma flor...
O galgar do teclado... o cavalgar dos dedos... nas pontas.
O pergaminho intocável, protegido... muito além do espesso vidro
da tela.
A mente que cavalga por leituras... e obras... História e Arte... uma
linha imaginária a decepar
tempos de Tempos... a percorrer usos e costumes,
crenças e comportamentos... Mitos que se fundem em histórias...
e estas alimentando a esperança da alma de quem não aparta pergaminho
de tela... nem pena de teclado... há dúzias de linhas imaginárias
que separam em distância, tempo e espaço... e nos tocam... como
o ósculo... somente as vê quem, de fato, acredita ... São
como Mitos, cremos em sua existência, ainda que nossos olhos, insuficientes
ao Tempo, não possam ver.
O Tempo passa... e somos absolutamente
insuficientes ao Mundo
E persistimos
Porque somos vaga-lumes na escuridão de um sonho profundo.
(Margarete Louzano)
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