A Garganta da Serpente

Margarete Louzano

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O CRISTAL E O DIAMANTE

Luz a este mote

Cresce em mim
uma nova flor...

Que minha voz incendeie
Linhas e telas,
Mentes e íris multicor
Que minha voz caia
Como um soco bruto no estômago,
Como um arrepio mórbido no silêncio da solidão.

Que jamais teus olhos ouçam minhas palavras
Que teus ouvidos nunca sintam a acidez de minhas codificadas marcas
Que teu coração de porcelana guarde o cristal que tanto proteges,
Mas não te esqueças que um dia o cristal se transformará em finos grãos de areia.
Que o meu coração de cerâmica ordinária, guarde para sempre o diamante precioso do meu amor, até que a inevitável metamorfose o transforme, novamente, em carvão.
Que os finos grãos de areia sirvam para marcar tua traição no tempo infinito do mundo por todo o sempre...
E esse infinito será incandescente porque eu o incendiarei com o carvão que me restar.

(Margarete Louzano)


voltar última atualização: 03/05/2010
10170 visitas desde 08/04/2008
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente