Abafadouro
há uma mulher
há uma mortalha
e no topo do andor
uma dor que retalha,
houve fuga de ardor
na antiga fornalha,
um ponto final
um canto de gralha
hoje abafadouro,
antes revoada,
ela apalpa o amor
esculpido à navalha...
e abandona de vez
qualquer coisa que o valha.
(Maria Georgina Albuquerque)
|