A Garganta da Serpente

Maria Vilhena

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Estória

Pelo mundo ando
Recortando poesias em bases de tesouras em picos de miúda chuva
Saboreando teorias e moldes vejo pessoas no adro das ruas pelo canto
E ouço bater e abro as janelas do céu cai bagos de uva
Quais imprevistos sonoros quais olhares fulminantes
Querendo tocar no horizonte
Tal barca movendo esperanças em gargantas abertas aos ventos cantantes
Misturo a personagem e junto-me a Caronte
Querendo tocar
Querendo o milagre do movimento em lugares cintilantes
O mundo está às voltas no mar das letras na liberdade ousada no grito
Nas crianças no homem esfoliando facas no seu dourado apito
Chamando pela água em poças caindo
Dançando ao som do tal momento pedinte em vastas esmolas
Venham ver o fruto transformado em alegria em copos e taças sorrindo
As ruas apinhadas pelos desconhecidos sempre remendados em chapéus de
antigas cartolas
E cá estou observando as pétalas de rosas vermelhas
Tudo escancarado pelos pequenos pássaros nocturnos
Misturando o saber dos Hunos
Com os severos Romanos estancados na rua do Quelhas.


(Maria Vilhena)


voltar última atualização: 22/07/2005
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